C'est La Mort (tradução)

Original


Canserbero

Compositor: Canserbero / Leandro Anez

Bem-vindos a um mundo imaginário
Por mim criado e no qual penso em deixar vocês entrarem hoje
É Tyrone e Can, o pior pesadelo de certas pessoas
O que geralmente odeiam por pensar diferente

Infelizmente, eu morri, mas não vou deixar a música
Pois minha alma não saiu do corpo
Flutuando para onde quer que seja destinada
Para receber a punição merecida, se por acaso merecer

Mas, enquanto isso, de boa
Fazendo mais rimas do que Jordan fazia cestas
E, claro, cantando minhas músicas aos quatro ventos
E desejando apenas conhecer meus netos

Pensando demais, estudando para crescer
E trabalhando para pagar as contas
Riscando metas dessa lista interminável de
Coisas que quero ouvir, viver, conhecer, ser e ver

Não são mais dez e pouco, são vinte e tantas
E nem falo do da foice que está me observando de longe
Planejando como cumprir sua missão
Se com um crime, um acidente ou uma doença

Ah, mas, sinceramente, eu vi tanto em tão pouco tempo que, se pudesse
Apagaria lembranças como apago fotos do celular, né?
Porque não sei se estou louco e tudo está normal
Exceto eu, que não percebo

Não estamos mais em 2000 e pouco, nada
Quem sabe quantos séculos se passaram até esta noite
Mas e daí, se o racismo continua intacto
E não há tecnologia que alivie a fome e a dor de tantos

Que pena sinto dessas pessoas
Que não têm paixões além de dinheiro ou sexo
E que vivem, mas não estão vivos, ou seja
Quem não tem pelo que morrer não deveria viver

Ideias me atingem como vento a favor
Eu aprecio a solidão quando ela vem
Meditando, como uma gárgula da catedral de Notre Dame
Que eu pude ver quando estive na Europa

Memórias caem sobre mim como chuva de inverno
Quando leio minhas primeiras músicas nos meus cadernos
Eu reflito, mesmo sem ler o futuro
Mas consumindo o presente como quem fuma um charuto

Juro que sempre vou ser o mesmo
E, se um dia não estiver igual, será porque esse dia foi terrível
Sou real porque sou, não por dizer que sou real
E saudações ao parça que ousei citar nessa frase, eu

Sou menos desapegado do que coração, eu aceito
E não sei se é uma virtude ou um defeito, nisso eu aposto
Que muitos querem me ver morto
Porque a inveja é maior do que minha vontade de um planeta cheio de afeto

E digo a vocês, isso ainda não é nem dez por cento
Do alvoroço de textos que repousam em meu caderno, famintos de rua
De microfone, palco e outros detalhes relacionados aos meus vales
De rap em cima de batidas, sim

Há muitas pessoas erradas nesses tempos
Que pensam que ganhei meu respeito em uma caixa de cereal, mas não, cara
Eu canto para as pessoas sensatas
Não como esses recalcados que cantam pra idiotas

Também conhecido como Chamo González
Solta rimas que saem
Como balas de fuzis
Para aqueles que se acham reais com dinheiro

Se não gosta de me ouvir, pegue um avião e vá para o Polo Norte
E cante sua porcaria para os esquimós
Isso vai durar, né, Kpú?
Muitos insensatos distorcendo, procurando cinco patas no gato
Carentes de atenção, são tão insolentes
Que acreditam que eu conheço e me importo com eles

Se eu digo olá, com certeza algum puxa-saco
De algum rapper chamado Olá dirá que eu
Cantei uma música contra sua pessoa estúpida
E que, por isso, agora MC Olá me respondeu

Amadureçam! É por isso que há tantos veteranos
Que não veem o rap como uma música duradoura e real
Acordem ou não serão mais do que, com sorte
O rapper que desejou a morte ao rapper consciente

É uma falta de respeito para as pessoas com dois dedos de testa
Não admitir que sou um expoente
Tão importante para o rap quanto um cachorro inteligente para um cego
Ou a bendita fé para um crente

Eu tenho uma aparência cínica, uma voz disfônica
Um talento empírico e uma vontade insólita de fazer rap
Um cérebro magnífico e rimas atômicas
Para os idiotas que venham fazer graça

Eu não vou parar agora (não vou parar agora)
Como sempre digo, abra os olhos, hater
Você não é o centro do planeta
Meu amigo Kpú e eu somos como Michael Jordan e Scottie Pippen
E eu poderia ensinar vocês a compor, se me permitirem

É sobre inspiração genuína
Kpú com um rolando, eu com rum amargo, e vamos explodir caixas de som
Você nem imagina a facilidade com que é natural
Para aqueles que nasceram com música nas veias

Me dá vergonha alheia todos esses caras
Que parecem não perceber que parecem uns palhaços
Falam como preguiçosos, andam mancando, olham de lado e
Querem representar Venezuela? Não

Eles estão se fazendo de loucos na frente
Os poucos meios de rap internacional nos têm em mente
Publicam qualquer porcaria antes da minha assessoria
Estão disfarçados de maçã, mas por dentro são serpentes

Você acha que sou bobo? Eu sou três cérebros de um lobo
Tirem as máscaras, podem me atacar
Respeito muito mais essa atitude do que a hipocrisia
Dos camaradas tipo Judas com o Messias

Não venham com conversas pra boi dormir
Com falcatruas, nem se façam de desentendidos
Porque eu sei como as coisas são
Já que cresci em um bairro pobre onde até as meninas têm que ser homens

É melhor você correr, cara, adivinha quem está na área?
Canserbero com K-P-U, nem tente se meter com a gente
Não sou realmente o chefe, mas sou apenas um guerreiro verdadeiro
Nascido para ser um filho da puta no palco
Minha música é para a periferia e as comunidades
Para educar e esmagar adversários

Foi assim que comecei a fazer barulho na Lua
Não haverá música alguma
Cuja ideia não venha do subterrâneo
Eu estou ligado que assim como ganho irmãos
Ganho vermes que me odeiam só para parecerem maus

Eles me atiram para ver se eu dou a eles uma resposta
Para que sejam reconhecidos e tirados de baixo
Eles vão ter que se balançar no meu galho
Porque, para ser bem claro, nunca farei nada além de ignorá-los

Minha galera sabe o que faço
E os que são sérios nunca vão parar de me apoiar
Porque sou a peste, a voz do rap inteligente
E, em poucas palavras, uma mensagem maldita viva
Vou tolerar quem for, menos o intolerante
Sou Canser, também conhecido como Vida e Morte

(Foge, que te, foge, que te)

É uma falta de respeito para toda essa gente com dois dedos de testa
(Foge, que te pega a morte)
Falar mal de quem está te representando, infelizmente
(Foge, que te pega a morte)

Eu sou uma maldita mensagem viva, sacou?
(Foge, que te pega a morte)
O Diabo é meu parceiro, mas se ele se descuidar, eu arranco os dentes dele
(Foge, que te pega a morte)

Eu cago e ando pra cultura, faço rap pra toda minha galera
(Foge, que te pega a morte)
Tem muitos que falaram de mim e agora estão puxando meu saco
(Foge, que te pega a morte)

Sou eterno coração de inverno contra aqueles que sempre me invejam
(Foge, que te pega a morte)
Quando você vai, eu venho, ostento tudo do que você é carente
(Foge, que te pega a morte)

Sou vida e sou morte, não estou aqui por acaso
(Foge, que te pega a morte)
Quero bastante rum no dia do meu velório e que repitam forte
(Foge, que te pega a morte)
Não quero que levantem a mão aqueles que realmente não sentem o hip-hop
(Foge, que te pega a morte)

(Foge, que te pega a morte)
(Foge, que te pega a morte)




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